O preço da Covardia
Temos assistido nas mídias, confortavelmente, um retrato fiel do que significa a falta de estratégia militar aliada ao egoísmo institucional e o politicamente "correto".
O ocidente, emasculado, assiste os horrores da guerra em tempo real, horrorizados, mas depois, mudando para um streaming na TV, como se fosse algo trivial de uma terra distante, como se não tivesse nada a ver com a nossa realidade.
Numa guerra, "a primeira vítima é a verdade", e a narrativa de ambos os lados refletem que os problemas de cada um são parte de um mesmo processo global. Na verdade mesmo, a verdade histórica fazendo-se nesse presente mostra a sua real importância.
A bravura dos homens tem como seu preço o sacrifício e a covardia tem seu preço na ruína, lenta, de nossos valores culturais, soberanos e supostamente intocáveis e inegociáveis.
A história nos mostra que, em se tratando de guerras, a diplomacia tem às suas costas as sombras da armas. Bem como os valores de uma nação se traduzem não em sua política ou em seus dirigentes, mas na coesão de atitudes. Na União popular.
Tal como num xadrez de palavras, as promessas feitas são apenas movimentos de peças para a derrubada do "rei" no final. E nisso, Vladmir Putin está sendo um mestre.
Forçou a Ucrânia, junto com os EUA e Reino Unido a acabar seu arsenal nuclear com a assinatura do Memorando de Budapeste, por meio do qual Kiev se comprometeu a se desfazer desse arsenal e os outros signatários, a não usar força militar contra os ucranianos e a respeitar a soberania e as fronteiras do país.
Hoje, Moscou rasga esse papel e a pobre Ucrânia, isolada, sem poder pertencer a OTAN, amarga, bravamente, uma invasão de suas terras, a submissão de seu povo, a sua independência e olha pra o ocidente como uma noiva abandonada no altar.
E quem será capaz de dizer o que a Rússia deve ou não fazer? As sansões?
A tempos, Putin e seu exército, forjados na frieza soviética acumularam ativos financeiros e militares para, agora, realizar suas aspirações territoriais, em que outrora o império Russo Czarista e sua robustez hegemônica separavam homens de meninos.
E hoje, os meninos ocidentais choram lágrimas de crocodilo e reclamam da brutalidade do "exército vermelho", mesmo sabendo que alimentaram esse monstro (e continuam alimentando) até, eles próprios, serem os últimos a serem devorados.
Uma máxima na estratégia militar é que a melhor defesa é o ataque. Israel permaneçe forte como Estado soberano por se antecipar aos planos embosqueiros das nações árabes a sua volta, desafetos que tramam sua destruição desde sua fundação, mas que sempre são vencidos com a antecipação de ações militares, ganhando sua grande guerra em apenas 6 dias, em expressiva minoria, mas com uma precisão cirúrgica em seus ataques estratégicos..
E o povo de Israel permaneçe. E hoje, com seus "Iron Domes" da vida, determinam seu lugar naquelas terras sagradas.
E o restante do ocidente, o que fará? Apenas assistir a degradação de seus valores democráticos a cada cidade Ucraniana conquistada? A política ocidental, com sua virilidade estrógena terá um bom exemplo de como deve ser um exército de verdade: frio, calculista, preciso, determinante e antecipado, todos batendo à sua porta, ávidos por um "estupro".
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