Expectativas.

Interessante saber: quando você espera que algo aconteça para você mesmo, a expectativa é exclusiva sua ou de outra pessoa?

A resposta, INFELIZMENTE, na maioria das vezes é baseada no que você espera dos outros. Criamos expectativas baseadas não no que podemos fazer a nós mesmos, mas no que esperamos dos outros ou no que imaginamos que o outro possa fazer por nós.
Temos a falsa impressão que o mundo gira em torno de nossos umbigos e assim, quando não somos atendidos, nos frustramos.
Separações, guerras e contendas em geral geralmente giram em torno de seu próprio ego, num ciclo de vaidade que determina o seu fracasso. 

Quando esperamos que o outro faça por nós o que seria nosso dever ético de fazer por nós mesmos e o outro não faz, ou por sua própria responsabilidade ou diligência, acabamos por projetar essa frustração numa insatisfação mimada com o seu próximo, maldizendo-o ou pior, fabricando um inimigo. A responsabilidade nunca foi "dele". Sempre será sua. Ainda que ele falhe em suas promessas. Se a origem da expectativa é sua, você é detentor do ônus em ela poder se frustrar.

É difícil reconhecer um erro, sabemos disso. E a nossa justiça sempre será baseada em nosso próprio julgamento, a nossa própria verdade.
Porém, a verdade é que a verdade está num lugar fora de suas convicções ou na convicção de um outro ator. Ela está mais ou menos no meio desses dois. E esse julgamento é estritamente subjetivo e depende de nossas convenções sociais locais e varia drasticamente de cultura para cultura.

Na verdade, a verdade não existe num aspecto global, mas localizada em um contexto.
E quando percebemos que o nosso dever é buscar para nós o que queríamos que fizéssemos por nós, somos, enfim, felizes. O trabalho que isso gera (e muitas vezes, um trabalho fora do comum) é diretamente proporcional com a sua própria satisfação e gera um bem contagiante, ensinando em atitude, não em teoria.

Enfim, evoluímos quando as expectativas são direcionadas a nós mesmos. Isso gera um efeito em cascata que acaba retornando a nós mesmos, como numa loteria em que suas chances de ganhar ficam cada vez mais prováveis, a medida que você aposta e investe cada vez mais no seu ganho, até que se esgotam todos os "bilhetes" e a sorte se transforma em certeza.

O bem da coletividade se inicia em atitudes individuais. Abnegação e trabalho. Sempre foi assim e sempre será na humanidade. Os que entendem esse recado são os que fazem parte da comunidade que pende a balança para o bem e para nossa evolução como espécie.



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